Os Lusíadas
Poema épico
Estrutura Interna
À semelhança dos poemas clássicos, Os Lusíadas dividem-se em quatro partes:
PROPOSIÇÃO; INVOCAÇÃO; DEDICATÓRIA; NARRAÇÃO
PROPOSIÇÃO
(Canto I, 1-3)
O poeta apresenta o assunto do poema, que irá constituir o objecto da sua narração.
O poeta propõe-se cantar:
os guerreiros e os navegadores; os reis que permitiram dilatação da Fé e do Império; todos os que, pelas suas obras, se imortalizaram.
INVOCAÇÃO
(Canto I, 4-5)
Para os poetas clássicos, a criação poética era fruto de uma inspiração concedida por seres divinos ou sobrenaturais.
A invocação destina-se a pedir o favor das Musas, divindades inspiradoras a quem o poeta apela no início do poema e noutros momentos fulcrais da narração.
Canto I, 4-5 - às Tágides ou Musas do Tejo, invocação geral;
Canto III, 1-2 - a Calíope, (musa da epopeia);
Canto VII, 78 e seguintes - às ninfas do Tejo e do Mondego;
Canto X, 8-9 - novamente a Calíope.
DEDICATÓRIA
(Canto I, 8-18)
É um elemento facultativo nas epopeias clássicas.
Camões dedica o seu poema ao rei D. Sebastião, a quem tece vários elogios e aconselha novas empresas guerreiras.
NARRAÇÃO
Do Canto I (estância 19) até ao fim do Canto X
São narrados acontecimentos no passado (desde as origens de Portugal até D. Manuel I), no presente (tempo da ação central do poema), no futuro (profecias).
(Canto I, est. 19)
Narração – “ in medias res ”
"Já no largo Oceano navegavam,
as inquietas onda apartando”
Planos d'Os Lusíadas
Plano da Viagem
Plano da História de Portugal
Plano dos deuses / maravilhoso
Plano do Poeta
As reflexões do poeta são geralmente no fim dos Cantos.